26 de setembro de 2010

Afinal quem devemos temer?

O estudante Leonardo Bento do Amaral, 17 anos, supostamente baleado por uma policial militar, teve morte cerebral e seus órgãos doados pelos pais. O adolescente estava na garupa de uma moto saindo de uma festa em frente à Escola Estadual Professor Luís Magalhães de Araújo, no Jardim Ângela (zona sul de SP). No local, acontecia uma festa de 15 anos desde as 15h.

Segundo testemunhas, um carro policial chegou ao local por volta das 17h30 e deu ré em cima do canteiro da estrada do M'Boi Mirim. Segundo o estudante W.C.C., 17 anos, que estava na moto, ele e Leonardo ficaram cerca de cinco minutos na festa e decidiram ir embora quando viram o veículo.

A policial Simone Silva de Oliveira, 33 anos, teria descido do veículo e mirado a arma. "Eu virei e ouvi o tiro. Vi o Léo caindo e segurando o meu braço", disse o jovem.

Os crimes praticados por policiais contra pessoas inocentes em abordagens descontroladas estão virando rotina no Brasil.

De certo tempo para cá, a ação de policiais sem reciclagem vem se agravando e já se torna um problema de calamidade pública. A situação é mais desastrosa nas grandes capitais, onde crianças, jovens e adultos têm sido vítimas da fúria insana e fatal de policiais militares.

Esse é um assunto que não gosto muito de comentar, ou melhor fico em pavor só de ouvir histórias com desse adolescente que simplesmente foi baleado na cabeça sem saber o porquê.

Nós que temos filhos e sobrinhos jovens, temos medo de deixá-los sair às ruas para ir à baladas, festas e até estádios de futebol, pois não temos a certeza que os mesmos voltarão são e salvos e o pior de tudo é que ultimamente a violência contra o próximo não está só no bandido e sim na própria polícia que sai as ruas para nos defender.

Outro dia li uma história do rapaz de 46 anos que morava num morro no Rio de Janeiro. Ele estava com a furadeira nas mãos e os policiais confundindo com uma metralhadora, atiraram no rapaz que morreu sem poder se defender.

Ou o pai que estava em Fortaleza numa tarde de domingo, passeando à beira mar com seu filho de 8 anos na garupa de sua moto. A criança foi vítima de tiros por policiais que confundiram com bandidos procurados pela polícia. Foi uma cena muito triste, pois o menino ficou caído no chão com o pai chorando sobre o seu corpo durante 1 hora.

"O principal problema da nossa polícia, é que elas estão com a orientação
errada, elas se esqueceram que elas devem defender a vida acima de tudo,
inclusive a vida do criminoso, que só deve ser ceifada quando colocar em
risco a vida de terceiros (policiais ou inocentes).
Pois hoje em dia, o pobre (classe a qual me incluo), não tem medo, tem
pavor de polícia, afinal você não sabe se é uma abordagem de rotina, ou se
é alguma suspeita".


Sobre a Autora:
Rosana Ibanez Rosana Ibanez:Sou alguém que gosta da vida, que procura viver dentro de seus princípios, que ama sua família, que viveu bastante mas não o suficiente, que apesar da distância e das barreiras, ainda acredita no amor entre duas pessoas, que acredita na continuidade da vida após a morte, que ama o próximo como a si mesma, que ainda acredita no ser humano e que tem DEUS como ser supremo.

6 comentários:

Sônia Pachelle disse...

Rosana,

Está cada vez mais difícil discernir quem é quem, e porque.
Disseram-me: "Dificil é matar o primeiro, depois acostuma".

Eu há seis meses, liquei 5 vezes para 190 (policia Militar) pois fui ameaçada por arma de fogo, dentro de uma revendedora de automóveis, pelo proprietário.

Gritei, chorei, chamei a policia essas várias vezes, não teve um cidadão que me ajudasse, amparasse.

Liguei para meu filho, ele ligou p policia, e me ligou em seguida:" Mãe sai daí, que a polícia está indo para levar voce p delegacia a pedido do dono da loja de automóvel"

Acredite! eu, sozinha, nessa situação de perigo e desespero.

Hoje eu me sinto, desamparada de pai mãe e tudo.

Só DEUS mesmo...

Sônia Pachelle disse...

Rosana,

Está cada vez mais difícil discernir quem é quem, e porque.
Disseram-me: "Dificil é matar o primeiro, depois acostuma".

Eu há seis meses, liquei 5 vezes para 190 (policia Militar) pois fui ameaçada por arma de fogo, dentro de uma revendedora de automóveis, pelo proprietário.

Gritei, chorei, chamei a policia essas várias vezes, não teve um cidadão que me ajudasse, amparasse.

Liguei para meu filho, ele ligou p policia, e me ligou em seguida:" Mãe sai daí, que a polícia está indo para levar voce p delegacia a pedido do dono da loja de automóvel"

Acredite! eu, sozinha, nessa situação de perigo e desespero.

Hoje eu me sinto, desamparada de pai mãe e tudo.

Só DEUS mesmo...

Blog da Mary disse...

Sai governo entra governo e ninguem faz nada p/ mudar, a violência continua cada vez pior.
Estamos a mercê desse país sem lei, principalmente segurança.
Boa semana
Bjs

Rosana disse...

Sabe Sônia e Mary, as vêzes também me sinto sozinha e com medo, pois o país em que nós vivemos não consegue nos passar nenhum tipo de segurança ou apoio. O ser humano me dá pavor, principalmente aqueles que se julgam poderosos só porque estão com uma arma na mão e se acham os donos do mundo. Prefiro ainda viver ao lados dos animais, esses sim são leais.
Bjs e obrigada pela visita de vocês.

chica disse...

Isso tudo está uma grande estupidez.É difícil viver e circular sem segurança e esta falta em TODOS os lugares.Tristeza!beijos,linda semana,chica

Irene Moreira disse...

Rosana

Não temos mais segurança em sair na rua, vivemos na etrena preocupação com nossos filhso para que retorne para casa com segurança.

Outro dia estava almoçando num restaurante perto do trabalho com uma amiga e no restaurante ao lado um bandido chegou e om 3 tiros matou a sangue frio um Policial.

Escutamos tiros e não sabemos para onde vão e só nos resta rezar e esperar sair desta vivo.

Beijos

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